O irónico da situação é que, ao ser atendido, o próprio 112 mandou o indivíduo que telefonou a apontar um número (por acaso havia caneta à mão, mas e se tal não houvesse?) e a ligar-lhe. Não saberiam eles próprios reencaminhar? Mas pronto, lá tudo foi aceite, desliga-se telefonema, e liga-se para o número pedido: os bombeiros da localidade X.
Ligado e atendido, após localizações dadas, esses mesmo bombeiros, muito senhores de seu nariz, afirmam que "Meu Senhor, iríamos aí, mas essa localização faz parte dos limites dos bombeiros da localidade Y.". Uau, que cena bombástica, não fosse o caso da central destes bombeiros X se encontrar a cerca de 2 km da casa que telefonava. Mas eles lá ditavam que "Não tinham culpa, que depois os bombeiros de Y ficariam chateados, que...", valha-me nossa!
Foram chatices, foram resmunguices, mas no fim, com muita paciência, lá se ligou para os bombeiros de Y. Fantástica a resposta obtida, também após localização: "Senhor, essa localização é dos bombeiros de X.".
Aí a bomba rebenta, o que telefona atira umas boas verdades, exige, e lá a ambulância finalmente sai do posto.
Agora, pensem: quantas pessoas já teriam morrido nestes minutos, e minutos, seguidos em trocas e baldrocas de chamadas? Felizmente, o familiar em questão já tinha voltado à consciência, mas continuava em mau estado.
Não acreditaria nas coisas, se não mas acontecessem nas mãos de modo tão estúpido. É um mundo parvo, e ou há reviravolta, ou muitas covas serão gradualmente abertas.
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